Despoluição da Baía de Guanabara deve levar pelo menos 15 anos | Rio das Ostras Jornal

Despoluição da Baía de Guanabara deve levar pelo menos 15 anos

Promessa era de que 80% da Baía seria despoluída. Promessa não será cumprida.

A promessa do governo do estado do Rio de despoluir 80% da Baía de Guanabara até 2016, conforme compromisso assumido com o Comitê Olímpico Internacional para sediar as Olimpíadas, não vai ser cumprida. A nova previsão é atingir a meta de 80% da população fluminense com  acesso a serviços de saneamento básico em 2018 -  o esgoto doméstico é a principal fonte de poluição da baía.

Outras medidas estão sendo tomadas para melhorar os índices de qualidade das águas da Baía de Guanabara. Mas, para o secretário-executivo do Comitê de Bacia da Baía de Guanabara, Alexandre Braga, a despoluição completa vai levar pelo menos 15 anos e depende de um trabalho conjunto da sociedade com os três níveis de governo.  O comitê foi criado em 2006, por decreto estadual, com a missão de “integrar os esforços do Poder Público, dos usuários e da sociedade civil, para soluções regionais de proteção, conservação e recuperação dos corpos de água, viabilizando o uso sustentado dos recursos naturais, a recuperação ambiental e a conservação”.

“O esgoto, a gente quer longe da nossa casa, e ele acaba dentro da Baía de Guanabara. O nosso lixo, a gente quer que ele saia de perto da nossa casa, então ele acaba indo para um corpo receptor final. Então o nosso grande desafio é pensar na coletividade. Não é uma coisa simples, temos que sair do quadrado, o problema não está nos governantes, está em cada um de nós”, avalia.

De acordo com a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), todos os lixões em torno da Baía de Guanabara já foram fechados. Segundo o órgão, o chorume que deixou de ir para a água corresponde ao volume de “um Maracanã por semana”. Outra iniciativa visa a recolher o lixo flutuante nas águas. Nos primeiros dias de 2014, começaram a atuar os três primeiros ecobarcos das dez unidades previstas até o fim do ano.

O diretor de operações da empresa Ecoboat, Lourenço Ravazzano, explica que cada embarcação recolhe, em média, 300 quilos de lixo por dia. “O lixo flutuante, em geral, aporta próximo a um entorno, que pode ser uma marina, uma murada, um cais de porto ou um iate clube. Portanto, precisa de uma embarcação de pequeno porte para penetrar nos locais de difícil acesso.”

Ecobarreiras também foram instaladas na foz de rios, para reforçar a limpeza. A expectativa é que sejam recolhidas das águas da Baía de Guanabara 15 toneladas de lixo flutuante por mês.

Fonte: Agência Brasil


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