(Foto: Livia Torres/G1) |
Carioca
Paulo Reis regressou de Serra Leoa há pouco mais de 1 mês.
Recém-chegado
de Serra Leoa, onde, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 783
pessoas já foram infectadas com o vírus ebola, o médico carioca Paulo Reis
disse, em entrevista coletiva realizada na sede do
Médicos Sem Fronteiras, na Zona Sul do Rio, que o risco de importação da doença
existe. Ele não considera, entretanto, que seria um problema tão grande quanto
na África, devido à diferença de hábitos culturais.
"O
risco de ter um caso importado sempre existe. Entretanto, na minha opinião, não
considero que seria um problema mais sério. Os hábitos culturais daqui são
diferentes. Aqui, certamente seria controlado rapidamente. É uma população
diferente, são hábitos diferentes, é difícil convencer uma população grande de
que eles têm de se prevenir. Por exemplo, nas práticas de enterro, eles têm
muito contato com o corpo, coisa que não acontece no Brasil. A região em que eu
estava era precária. Não tinha rede central de eletricidade, água potável. Com
o ebola, o mais importante são as práticas culturais", afirmou.
Roupa
especial
Para entrar em um centro de tratamento de ebola, os médicos têm que usar uma roupa de proteção impermeável que cobre todo o corpo, inclusive o rosto. O médico diz não sentir receio para tratar da doença com equipamentos adequados e fez uma comparação com o trânsito carioca.
"Quando
você tem conhecimento do problema e possui mecanismos para se proteger, não
considero mais arriscado do que andar no trânsito do Rio de Janeiro, por
exemplo. A gente tem uma visão bem clara e os pacientes infectados ficam em
isolamento. A vestimenta é quase toda descartada e incinerada depois de usada.
Somente a bota, o avental de borracha e os óculos vão para o cloro",
disse.
Para
sair da África e retornar ao Brasil, Paulo veio em um voo comum e afirma que
teve de responder a um questionário e sua temperatura foi aferida através de um
termômetro infravermelho. O médico diz que os sintomas do ebola são muito
semelhantes aos da malária, exceto pelo cansaço excessivo.
"Dificilmente alguém vai sair do país com a doença. Durante 21 dias eu continuo a ser monitorado e minha temperatura é aferida. Se eu apresentar febre, tenho que entrar em contato com a sede do Médicos Sem Fronteiras. Na minha opinião, esse controle é suficiente", revelou.
O médico afirma que, na África, a população nem sempre responde de forma positiva à chegada dos médicos. De acordo com ele, a cultura dos povos acaba afastando os infectados do tratamento. “Muita gente acha que é mito e nem acredita que a doença existe. Você vê criança correndo para o mato quando o carro do Mais Médicos passa. Mas quando já existe paciente sendo tratado e há explicação sobre a doença, eles nos recebem bem e têm disposição para falar e escutar. Essa parte cultural é muito delicada”, afirmou.
Despreparo
"Dificilmente alguém vai sair do país com a doença. Durante 21 dias eu continuo a ser monitorado e minha temperatura é aferida. Se eu apresentar febre, tenho que entrar em contato com a sede do Médicos Sem Fronteiras. Na minha opinião, esse controle é suficiente", revelou.
O médico afirma que, na África, a população nem sempre responde de forma positiva à chegada dos médicos. De acordo com ele, a cultura dos povos acaba afastando os infectados do tratamento. “Muita gente acha que é mito e nem acredita que a doença existe. Você vê criança correndo para o mato quando o carro do Mais Médicos passa. Mas quando já existe paciente sendo tratado e há explicação sobre a doença, eles nos recebem bem e têm disposição para falar e escutar. Essa parte cultural é muito delicada”, afirmou.
Despreparo
O médico ressalta ainda o despreparo de equipes médicas. Segundo ele, as pessoas precisam ser treinadas e monitoradas para haver a certeza de que os procedimentos estão sendo feitos corretamente.
Fonte: G1
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!