Erlei Eros
Misael sobreviveu ao naufrágio. Mar momentos
antes de
acidente em Angra dos Reis
(Foto: Erlei Eros Misael/Arquivo Pessoal)
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Vice-prefeito de Arantina (MG) está entre os desaparecidos.
"Tombou para o lado esquerdo.
Nessa hora, foi dito para que todos apanhassem seus coletes e vestissem. Foi
aquela confusão. Com muito sacrifício, nós conseguimos nadar. Deus ajudou que
encontrei um isopor, depois o banco do barco". O relato é de Erlei Eros
Misael, que estava na escuna "Minas Gerais", que naufragou na noite
de sábado (28) no mar de Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro.
"Estava tudo em ordem quando
embarcamos, a navegação era tranquila. Saímos da praia do Camorim por volta de
15h30, passamos pela Ilha Grande e fomos até a outra ponta. Iniciamos a
pescaria, o mar estava muito corrido, tinha muita correnteza. Quando resolvemos
mudar um pouco de ponto, andamos por volta de dois, três minutos. Foi aí que o
barco, ao fazer uma curva, simplesmente adernou", explicou.
O acidente aconteceu em alto-mar,
próximo à Ponta dos Meros, na Ilha Grande. A Fundação de Turismo de Angra
(TurisAngra) — órgão da prefeitura — disse que havia 13 pessoas na embarcação,
das quais oito foram resgatadas e cinco seguem desaparecidas, entre elas o
vice-prefeito de Arantina (MG), José Geraldo da Silva. A maioria dos
passageiros era formada por moradores da cidade mineira, que tinham alugado o
barco para pescar.
“Estávamos na ilha quando uma
pessoa chegou pedindo socorro, por volta de dez horas da noite. Pegamos quatro
'lanchinhas' que a gente tem aqui e saímos pra socorrer as pessoas”, disse o
pescador Jedielson de Oliveira Ferreira, de 30 anos.
A TurisAngra disse também que as
vítimas resgatadas não sofreram ferimentos graves, foram atendidas por uma
equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e retornaram para
onde estavam hospedadas.
As buscas foram retomadas durante
a tarde deste domingo (29). O trabalho começou durante a noite e chegou a ser
paralisado por conta do mau tempo. Por meio de nota, a Marinha informou que um
Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) será
instaurado para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades pelo
ocorrido, e que o prazo de conclusão é de 90 dias.
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